quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Deficiência Auditiva da Lillian - Como tudo começou...

Postado por Carla Libório às 14:34


Resolvi começar a contar tudo do começo o que descobrimos no último dia 31: A Lilly é deficiênte auditiva.

Tudo se deu início ao parto, minha menina nasceu de 42 semanas e 2 dias, com 36 horas de trabalho de parto, sem sucesso, o que resultou numa cesárea. Uma outra hora eu conto todo o parto dela. Mas ela nasceu aparentemente bem, teve apgar 9 e 10, foi direto pro quarto comigo e tudo certo. Aos 7 dias de vida ela foi fazer a audiometria conhecida como teste de orelhinha.

No primeiro teste, a fono não conseguiu identificar ondas sonoras, pediu para repetir o exame em 15 dias. E assim foi. 15 dias depois ainda não conseguia detectar nada. E fomos repetindo o exame por 4 vezes até que da última vez, o teste deu normal. Então a fonoaudióloga disse que deveria haver secreção de parto no ouvido da pequena, motivo para não conseguir fazer o exame antes, mas naquele momento estaria tudo bem, e deu "alta" pra Lillian.

Tudo normal até ela ir pra creche. Com 1 ano e 9 meses a Lilly foi encaminhada novamente a fono pela creche porque as "tias" relatavam que ela não atendia a chamados, não participava em atividades com música e parecia desconcentrada. Eu ainda não notava nada que me chamasse a atenção além do fato dela não falar nada ainda.

Fomos a fono, ela fez aquele típico exame comportamental, onde senta-se a criança no colo da mãe e agita alguns objetos sonoros as costas da criança e analisa a reação. A Lillian respondeu a todos os sons. Depois fez-se outra audiometria, que também deu normal, e "alta" de novo.

Daí por diante nem sei te dizer em quantas consultas pediátricas eu perguntei sobre o fato dela não falar. A resposta era sempre a mesma: Espere o tempo da sua criança, mãe. Na última consulta, inclusive, tive de ouvir que eu era paranoica, querendo que a Lillian se desenvolvesse no meu tempo e não no dela. Isso ela tinha uns 2 anos e meio, mais ou menos, então desisti de ficar batendo na mesma tecla.

Até que entrei na prefeitura e tive direito a um "posto de saúde do sus", digamos assim, só para funcionários públicos municipais, então mudei de pediatra.

Lembro exatamente a conversa naquela consulta. Foi em abril desse ano mesmo. Fui pra passar o Xande, que tava com um tosse horrorosa, mas levei a Lillian junto e cheguei na médica com todo o cuidado do mundo e perguntei:

- Dr.ª, Por desencargo de consciência, minha menina tem 2 anos e 10 meses e não fala praticamente nada, tá na creche desde os 8 meses. Isso é normal?

E o que eu ouvi foi um redondo e sonoro NÃO que ecoou na minha alma! Como não era normal? E as milhões de vezes que perguntei isso pro outro pediatra e ouvi que era sim, normal?!

A Dr.ª Ana foi extremamente zelosa, mas não me poupou de nada. Tentou chamar a Lillian e se comunicar com ela, sem sucesso, disse que era possível sim que ela fosse deficiente auditiva, e, que se fosse, era tardio o tratamento. Chamou o outro pediatra de relapso e ficou abismada por ela ainda não ter sido encaminhada ao menos para um otorrino.

E eu? Eu fiquei revoltada, chocada, preocupada e tudo mais!

Daí por diante foi uma correria de exames. Mas isso merece um outro post, porque o assunto é tão longo quanto esse.

Espero que meus relatos, esse e os que virão, ajudem outras mães que, por ventura, venham passar pelo mesmo problema que eu e a Lilly estamos passando. A luta pelo diagnóstico. Porque problema não é a deficiencia, problema mesmo é ser tratado com descaso!

Beijos!

2 comentários:

mary jane original disse...

Nossa que coisa horrível ,Tinha uma amiga a uns anos atrás porém perdi contato com ela ,mais o menino dela tbém não falava e tinha 3 aninhos e os médicos não falavam o diagnostico para ela ,ela vivia igual vc ,é muito terrível isso nossa seu relato é muito bom para nós mães ficarmos em alerta bjoss

Unknown disse...

vixe que terrivel, tem certos tipos de medicos que merecem levar um esculacho!
isso foi muita descaso mesmo...

por isso que eu digo que intuição de mãe é que vale, e opinião de medico tem que ter pelo menos dois! serve pra nos alertar!!!

beijoooxx

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